Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DO TRATO GASTROINTESTINAL NO BRASIL ENTRE 2011 E 2020

Introdução

Os números que refletem a incidência e a mortalidade por câncer no mundo demonstram um crescimento exponencial, dentre os tipos de cânceres mais frequentes no mundo, estão os cânceres com origem no pulmão, próstata, colorretal, estomago e fígado, consolidando uma ampla representatividade de neoplasias malignas oriunda do trato gastrointestinal (TGI), sendo, no Brasil, o câncer de estômago responsável por 95% dos casos de câncer do TGI, ocupando o quarto lugar em prevalência de câncer entre os homens e o quinto entre as mulheres, atingindo predominantemente indivíduos com idade média de 60 anos. Fatores como tabagismo, etilismo, herança familiar, fatores externos, ambientais, genéticos e dieta inadequada contribuem para o agravo e aumento de casos e óbitos por câncer gastrointestinal.

Objetivo

Avaliar o perfil de mortalidade por neoplasia maligna do trato gastrointestinal no Brasil utilizando a variável faixa etária e sexo entre os anos de 2011 e 2020.

Métodos

Estudo quantitativo de caráter descritivo, cujos dados secundários foram obtidos por meio do Sistema Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde disponíveis no DATASUS/Tabet entre os dias 12 e 29 de março de 2023. Os dados foram inicialmente agrupados por faixa etária e sexo no período de 2011 e 2020. O Software utilizado foi o BioEstat 5.3, tratados utilizando o método estatístico ANOVA dois critérios (teste t-studant), permitindo avaliar comparativamente as macrorregiões brasileiras, utilizando as variáveis. Os dados foram descritos por meio de medidas de frequência simples, relativa e coeficiente de mortalidade.

Resultados

Cerca de 36,39% dos óbitos por neoplasia maligna que acometem o trato gastrointestinal registrados nos últimos dez ano, eram do Estômago, 27,79% do Colón, 21,08% do Esôfago, 12,26% do Reto e 2,48% eram decorrentes do intestino Delgado. Já em relação ao coeficiente de mortalidade, os óbitos decorrentes por neoplasia do Estômago possuem em média cerca de 69.6 óbitos por milhão de habitantes, por ano, entre 2011 e 2020, seguido por neoplasia de Colón 53.2, Esôfago 40.3, Reto 23.5 e Delgado com 4.7 óbitos por milhão de habitantes. Em observância das macrorregiões, os óbitos por neoplasia de Estômago são frequentemente mais registrados comparativamente as demais regiões do País, sendo o Norte com 59,36% dos óbitos, Nordeste com 44,05%, Sudeste 33,54%, Sul 31,38% e Centro-Oeste com 34,01%. Em relação ao sexo, cerca de 77,83% dos óbitos por neoplasia de Esôfago, 64,02% por neoplasia de Estômago, 50,44% por neoplasia do intestino delgado e 52,03% por neoplasia de Reto foram registrados em pessoas do sexo masculino e 52,18% dos óbitos decorrentes por neoplasia de Colón foram observados entre mulheres. Há maior prevalência de óbitos entre idosos para todas as neoplasias que atingem o sistema trato gastrointestinal com média de 70,34% estando concentrada entre 60 e 69 anos e 70 e 79 anos, sendo as neoplasias de intestino Delgado, Colón e Estômago mais prevalentes entre idosos.

Conclusões

No País, óbitos por neoplasias do trato gastrointestinal que acometem o Estômago são mais frequentes, sendo mais prevalente entre homens as neoplasias do esôfago, estômago, intestino delgado e reto. Em mulheres a prevalência é da neoplasia de cólon com maior mortalidade entre 60 e 79 anos.

Palavras-chave

Mortalidade. Neoplasias Gastrointestinais.

Financiador do resumo

Área

Epidemiologia e Prevenção

Autores

RAISSA SILVA FROTA, Vitória Pereira Reis, Amanda Oliva Spaziani, Gustavo Henrique da Silva, João Carlos Bizinotto Leal de Lima, Luis Carlos Spaziani