Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA MANOSE EM UM MODELO CELULAR DE MELANOMA MURINO

Introdução

A demanda energética dos processos oncogênicos tem importante consequência no metabolismo de células transformadas, como o impacto expressivo nos métodos de diagnóstico e terapêutico. A manose é um epímero da glicose, portanto, é absorvida pelo mesmo transportador. Trabalhos recentes utilizando linhagens celulares tumorais mostraram que este epímero se acumula nas células como manose-6-fosfato, devido à baixa expressão da enzima PMI, que converte M6P em frutose-6-fosfato,um intermediário da via glicolítica.possui impacto significativo no metabolismo da glicose pela na via glicolítica, ciclo tricarboxílico e via das pentoses fosfato

Objetivo

O objetivo deste projeto foi avaliar os efeitos da manose no proteoma de linhagens celulares murinas de melanoma, compreendidos pela linhaem melan-A(melanocito normal) bem como um modelo metastático B16-f10.os seguinte objetivos foram:atividade e expressão da enzima PMI e marcadores de autofagia

Métodos

Observamos que o estresse metabólico em decorrência da administração de manose nas linhagens celulares (normal e de melanoma metastático) resultou na diminuição significativa da taxa de crescimento, sendo mais proeminente na linhagem de melanócito normal, sobretudo 48h após a administração desta hexose. Ensaios de coloração de organelas vesiculares ácidas (OVAs) com laranja de acridina, seguido de análise por citometria de fluxo evidenciaram um aumento de OVAs 24h após a administração de manose, sendo mais proeminente na linhagem metastática. De forma semelhante, utilizando o marcador fluorescente LysoGreen (um marcador permeável as células e que indica organelas com baixo pH, como lisossomos), observamos um aumento de fluorescência nas condições experimentais de tratamento com a manose e de forma mais pronunciada na linhagem de melanoma metastático

Resultados

Análise por citometria de fluxo revelou ainda que a manose foi capaz de induzir morte celular em ambas as linhagens, com diferenças significativas na alteração no ciclo celular da linhagem normal. A avaliação da atividade da enzima fosfomanose isomerase revelou baixa atividade para ambas as linhagens celulares, característica que pode refletir a sensibilidade deste tipo celular à manose

Conclusões

neste trabalho observamos que a manose possui a capacidade de interferir no metabolismo energético de linhagens celulares de melanócitos murinos (normais e metastáticos), com efeitos ligeiramente diferentes entre as células, sobretudo no que diz respeito a possível ativação de vias autofágicas, ciclo celular e gênese de lisossomos. A sensibilidade das células à manose parece estar relacionada a baixa atividade da enzima PMIos resultados obtidos permitirão a elucidação de aspectos moleculares fundamentais

Palavras-chave

Melanoma, metabolismo energético, manose.

Financiador do resumo

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
processo: 2022/15421-0) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES)

Área

Estudo Clínico - Tumores Cutâneos

Autores

NATHALIA DE VASCONCELLOS RACORTI, Silvina Odete Bustos, Roger Chammas, André Zelanis